O Grand Canyon é um dos cenários naturais mais espetaculares do mundo. Não é pra menos que é considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo! A paisagem é tão única e tão extensa que o cânion é aquele lugar cujas fotos não chegam nem perto de fazer jus à grandiosidade.
Justamente por isso, vale MUITO a pena adicionar o Grand Canyon no seu roteiro caso vá viajar para Las Vegas. Também é possível visitá-lo a partir de outras cidades dos EUA, e vamos falar sobre isso e várias outras dúvidas que você pode ter neste post, que vai te dar todas as informações e dicas que você precisa para organizar seu roteiro e planejar uma visita a esse deslumbrante parque nacional.
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O que é o Grand Canyon
Considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, o Grand Canyon é um acidente geológico que foi formado entre 5 e 6 milhões de anos atrás devido à erosão do rio Colorado – ou seja, as rochas foram desgastadas pelo fluxo de água do rio.
É um dos maiores cânions do mundo, com 445 km de comprimento de uma ponta à outra do rio, até 29 km de largura e 1,5 km de profundidade, com rochas que datam quase 2 bilhões de anos atrás, estando entre as rochas mais antigas do mundo expostas na natureza.
As rochas têm cores avermelhadas que mudam de tons de acordo com o horário do dia e a luz do sol. Pra quem curte natureza, é realmente uma experiência fascinante que vale a pena ter.
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Qual parte do Grand Canyon visitar?
Borda Sul (South Rim)
A Borda Sul – ou South Rim, em inglês – faz parte do Grand Canyon National Park e é a parte mais famosa e mais visitada do Grand Canyon (90% dos turistas que visitam o parque nacional vêm aqui!). Um dos motivos é que essa área fica aberta o ano inteiro, mas também porque ela conta com hotéis, restaurantes e uma boa infraestrutura. A parte sul oferece vistas incríveis do Canyon. São doze mirantes e várias trilhas para chegar até eles – e, diga-se de passagem, as próprias trilhas já proporcionam vistas maravilhosas.
Você pode tanto visitar essa área em um tour guiado, contratado com antecedência; contratar um guia na hora em um dos Visitor Centers; ou mesmo fazer o percurso sozinho e decidir quais mirantes visitar, sendo possível fazer os trajetos a pé, de carro ou de ônibus.
Há também algumas atividades mais exclusivas que dá pra fazer dentro do cânion que devem ser reservadas com meses de antecedência devido à alta demanda. É o caso do passeio de mula até a base do Canyon.
Aqui você encontra vários Visitor Centers, que, além de oferecer atividades guiadas, dão informações e são também pontos em que você pode descansar, ir ao banheiro e comer algo. Eles têm lanchonetes e, inclusive, lojas de souvenires – mas uma das melhores coisas é que eles têm ar condicionado, o que é muito bem-vindo, principalmente no verão.
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Borda Norte (North Rim)
Esta área é bem menos visitada, com o restante dos 10% de turistas por ano que visitam o Grand Canyon National Park. O acesso à North Rim é bem mais difícil por estradas devido à localização remota (cerca de 400 km de distância de Las Vegas), e o tipo de viagem aqui é outro. Já que a Borda Sul é muito mais visitada, a infraestrutura por lá é muito melhor (mais restaurantes, mais acomodações, mais opções do que fazer fugindo do estilo “roots” de viagem), então eu não recomendaria a Borda Norte para principiantes quando o assunto é aventura. As vistas são incríveis, mas há menos opções de tours e muita gente que vem pra cá, faz as trilhas sozinho.
A vegetação e as paisagens que você encontra aqui, inclusive, são bem diferentes das que você encontra na Borda Sul, já que a Borda Norte é 300 metros mais alta e fica a mais de 2.400 metros acima do nível do mar. Os dias são mais frios e o ar é mais rarefeito.
Essa parte do Parque Nacional não fica aberta o ano todo, fechando durante o inverno americano. A temporada de visitação vai de 15 de maio a 15 de outubro.
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Borda Oeste (West Rim)
A parte oeste do Grand Canyon fica fora do Grand Canyon National Park – e até por isso, as regulamentações aqui são menos rígidas, o que permitiu a construção do Grand Canyon Skywalk. Trata-se de uma passarela de vidro que se ergue sobre o Grand Canyon em formado de U, com laterais que se projetam a 21 metros da borda do cânion. O piso também é feito de vidro, o que proporciona uma experiência bem única de caminhar sobre o Canyon e ver o que há embaixo.
O Skywalk é um dos lugares mais conhecidos para observação da área, mas não é das coisas mais baratas – principalmente se pra você tirar fotos é algo imprescindível. É proibido levar sua câmera pessoal e também o celular, então é preciso pagar uma taxa bem salgada de para ter fotos profissionais impressas. Antes de entrar na plataforma, você precisa deixar seus pertences em um armário gratuito. Há fotógrafos que tiram as fotos profissionais e você pode escolher comprar uma foto individual ou um pacote no final do passeio.
A West Rim fica dentro da reserva indígena de Hualapai, então a taxa cobrada para entrar nessa área do Grand Canyon e no Skywalk não é paga ao governo, e sim à tribo. Há opções de ingresso com e sem entrada ao Skywalk, mas ambas têm outras áreas de observação incluídas no pacote.
A vantagem de visitar essa parte é que ela fica muito mais próxima de Las Vegas do que a Borda Sul ou Norte, o que permite fazer um bate-volta de carro ou ônibus caso você tenha pouco tempo de viagem.
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Como chegar ao Grand Canyon
O Grand Canyon fica localizado na parte noroeste do estado do Arizona e há três cidades próximas com aeroportos de fácil acesso: Flagstaff (Arizona), Phoenix (Arizona) e Las Vegas (Nevada). Independente do aeroporto em que você chegar, deverá escolher uma forma de se transportar até o cânion e considerar esse valor na hora de planejar sua viagem.
A rota mais comum para os viajantes brasileiros é pegar um voo até Las Vegas e, de lá, alugar um carro ou reservar um tour que te leve até a parte do Grand Canyon que você quer visitar.
Meios de transporte saindo de Las Vegas
Carro
Para quem vai viajar para Las Vegas ou chegar por lá, é bem comum alugar um carro. Dessa forma, você tem liberdade para ir onde quiser, quando quiser, fazer paradas no meio do caminho e conhecer outros pontos de interesse. Em geral, os viajantes preferem essa opção pela experiência como um todo que ela proporciona. Você pode aproveitar, inclusive, para fazer um trajeto diferente e conhecer a famosa Rota 66 na ida ao Canyon.
Para chegar à Borda Oeste, a distância é de 195 km saindo de Las Vegas, o que dá mais ou menos 2h30 sem trânsito. Já para a Borda Sul, a distância é de 450 km, que dá uma média de 4h30. Para a Borda Norte, a distância é de aproximadamente 435 km, com uma média de pouco mais de 4h de viagem saindo de Vegas.
Você pode reservar seu carro online, ainda no Brasil, pela RentCars, com a possibilidade de pagar em reais e em parcelas.
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Tour guiado
Se pra você ter flexibilidade de horário e de roteiro não é tão importante e você prefere a comodidade de ter um planejamento detalhado e de não precisar dirigir, há empresas que fazer tours de Las Vegas até o Grand Canyon. Você pode tanto fazer um tour de ônibus à Borda Oeste, que é a mais próxima a Vegas, quanto fazer um tour de ônibus à Borda Sul, que é a mais visitada e conhecida.
Reservar tour de ônibus ao Grand Canyon
Voo de helicóptero ou avião
Se você está disposto a gastar um pouco mais, uma forma inesquecível de visitar o cânion é sobrevoando ele em um helicóptero ou de avião. Os voos duram cerca de 70 minutos e são uma boa maneira de economizar tempo e energia, já que em muitos casos as empresas fornecem, inclusive, transfers de ida e volta ao hotel se você sai de Vegas.
O WePlann oferece esse tipo de voo, e os três que eu recomendo são este tour de helicóptero, este tour de helicóptero com pouso no Canyon e piquenique e este tour de avião pelo Grand Canyon.
Reservar tours ao Grand Canyon no WePlann
Dicas de transporte no Grand Canyon
Se você entrar no Parque Nacional pela entrada da South Rim de carro, você pode parar seu carro no Grand Canyon Visitor Center e pegar os shuttles gratuitos para vários pontos de interesse, ao redor do Grand Canyon Village, Mather Point e muito mais.
Em épocas mais cheias de turistas, como o mês de abril (spring break) e o verão, o estacionamento do Visitor Center costuma lotar até às 9h30. Se chegar depois desse horário e não houver mais vagas, você pode ir para os estacionamentos A-D no Market Plaza e Village Historic District.
Na Borda Oeste também há serviço de vans caso você estacione seu carro próximo à entrada, mas o serviço aqui é pago.
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Quanto tempo ficar no Grand Canyon
Dá pra ver o Grand Canyon em um dia? Dá, mas o ideal é que você visite a Borda Oeste para não ter uma viagem absolutamente exaustiva e aproveitar super pouco. Até existem opções de tours que te levam à South Rim em um dia, mas são muitas horas de ônibus para poucas horas de visita (mais de 11h de transporte pra 3h no Canyon).
Pra ir de carro, eu acho inviável visitar a Borda Sul ou Norte em um dia, porque você vai ter que dirigir uma média de 10h no total, e na hora de ver o que interessa, já vai estar cansado.
Resumo da ópera: pra um bate-volta no mesmo dia, eu aconselho visitar a West Rim, seja de carro, excursão de ônibus ou voo de helicóptero. Mas caso você queira e possa passar mais dias conhecendo o Grand Canyon, visite uma das duas bordas do Parque Nacional. Eu diria que duas noites são o mínimo para a Borda Sul ou Norte. Se você gosta de aventura, trekking e paisagens, quatro dias de viagem são suficientes para aproveitar bastante.
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Quanto custa visitar o Grand Canyon
O ingresso para entrar no Grand Canyon National Park custa $35 por carro, $30 por moto ou $20 por pessoa caso você entre de van ou ônibus. Uma vez paga, essa entrada tem validade de 7 dias consecutivos e vale tanto para a Borda Norte, quanto para a Borda Sul.
O ingresso para visitar a Borda Oeste, na reserva Hualapai, custa $49. Essa é a versão mais simples, que inclui acesso a três pontos de observação e serviço de van. Esse mesmo pacote com direito a visita ao Skywalk custa $69. Há ainda outros pacotes com mais opções, como refeições e guias, que custam mais caro.
Lembre-se que há outros gastos além do valor da entrada. Se você for de carro, há o custo da gasolina; se for de ônibus, há o custo do transporte. No caso de visitar a South ou North Rim, há ainda o custo da hospedagem.
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Dicas finais para visitar o Grand Canyon
Uma das coisas mais importantes para levar em consideração em uma visita ao Grand Canyon é que você vai estar em uma área seca – ou seja, muita água e muito protetor solar é a regra de ouro. Se você vai fazer trilhas, essa dica se torna ainda mais importante.
Dependendo de quanto tempo você for passar no Grand Canyon, lembre-se dos lugares que mais gostou de visitar e considere visitá-lo novamente em um horário diferente do dia. De acordo com o posicionamento do sol, as cores das montanhas e a paisagem podem mudar completamente. Pra quem curte um pôr do sol lindão, como eu, é um espetáculo natural imperdível!
Muitos dos tours comprados com antecedência já incluem no valor o ingresso ao Grand Canyon National Park. Caso você vá de carro, deverá comprar seu ingresso separadamente. Se você prefere comprar o ingresso num lugar físico, pode deixar para fazer isso nas lojinhas da cidade de Tusayan. Dessa forma, você não pega fila na bilheteria no dia que for visitar pela primeira vez. Mas eu sempre aconselho comprar online, assim você já vai com tudo certo, evita filas e evita estresse.
Você já foi ao Grand Canyon? Tem mais dicas para outros viajantes? Deixe seu comentário!